A apresentadora mais longeva do Brasil é um grande case de marketing.
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A eterna rainha dos baixinhos dividiu opiniões da comunidade LGBTQIA+ ao assumir o comando da versão brasileira de RuPaul’s Drag Race, um reality show de drag queens exibido em todo o mundo. O incômodo de algumas pessoas ocorre exatamente pelo fato de ela não ser exatamente uma drag quenn, sendo o nome da Pablo Vittar um dos aclamados para representar esta comunidade.
O criador da atração, RuPaul ou Mãe das Drags, que é um ator, drag queen, modelo, autor e cantor americano, já aprovou o nome da loira, aceitando-a como representante no nosso país. A previsão de estreia do programa é em 2022, inicialmente no Multishow, mas com possibilidades de depois também ir para a TV aberta.
Criado em 2009, o reality tem como objetivo apresentar a cultura e o universo drag para o público. Os participantes precisam provar seu carisma, originalidade e talento em desafios de alta costura, dança, atuação, imitação e, muitas vezes, se apresentam ao vivo e sem cortes, dançando e performando de forma única.
Sobre o programa, a apresentadora declarou em vídeo no canal do Youtube Põe na Roda: “Tem uma drag dentro de mim que fica muito afim de fazer muita coisa. Então, se eu puder, eu ainda vou participar de um programa onde vão me maquiar, eu ainda vou fazer fotos… claro, com todo respeito. Não estou fazendo isso pra me apropriar de absolutamente nada. Eu respeito muito a vida de vocês, a história de vocês. Eu não consigo imaginar o que vocês já devem ter passado na vida”.
Biografia de Xuxa Meneghel
Maria das Graças Xuxa Meneghel (1963) nasceu em Santa Rosa, no Rio Grande do Sul. Com 15 anos, começou a desfilar tendo uma longa carreira de modelo, sendo uma das mais fotografadas estampando 51 capas de revistas ao longo da carreira.
Xuxa Meneghel começou a apresentar, na extinta TV Manchete, o programa infantil Clube da Criança. Mas o maior sucesso aconteceu em 1986, quando estreou o programa Xou da Xuxa, na TV Globo.
Na década de 1980, Xuxa expandiu sua carreira tanto pelo programa infantil Xou da Xuxa como pelo seu lançamento como cantora. Entre as músicas de maior sucesso estão, Quem Quer Pão, Ilariê, Lua de Cristal e Doce Mel. Vale salientar que ela é uma das cantoras que mais vendeu CDs no Brasil, entrando para o Guinness Book com a venda de mais de 03 milhões de cópias, em 1988, com o álbum Xou da Xuxa 3.
Em 1989, passou a apresentar um programa aos domingos chamado Bobeou Dançou. Depois do Xou da Xuxa, estreou o programa Xuxa Park em 1994, que ficou até 2001. Em 2002, apresentou o Xuxa no Mundo da Imaginação, mudando o nome para TV Xuxa, em 2008, sendo apresentado desde 2011 nas tardes de sábado.
Ela também participou de muitos filmes, com destaque para O Trapalhão na Arca de Nóe (1983), A Princesa Xuxa e os Trapalhões (1989), Lua de Cristal (1990), Xuxa e os Duendes (2001), sucessos de bilheteria. O êxito de seus programas televisivos e de suas músicas ultrapassaram as fronteiras do Brasil, chegando a outros países como Argentina e Espanha.
Em março de 2015, depois de 30 anos, concluiu seu contrato com a Rede Globo. Foi contratada pela Rede Record de Televisão onde ficou, por cinco anos, à frente de várias atrações, como o Programa Xuxa Meneghel, o Dancing Brasil, Canta Comigo e o The Four. Em 2020, ela lançou o livro Maya: Bebê Arco-Íris, onde retratou uma família de um casal lésbico.
Quem assistiu a Xuxa na vida, seja qual geração for, sempre acompanhou seus figurinos com botas enormes, roupas espalhafatosas e uma vida incomum diferente da família tradicional brasileira. Vide seu relacionamento com Pelé, no início da sua carreira de modelo, e tendo uma filha de um relacionamento que não era propriamente um casamento.
Dona de uma vida muito criticada e não se encaixando no padrão cultural, além dos figurinos singulares, será mesmo que ela não é a melhor opção para representar para as drags no nosso país?
Xuxa Meneghel (1963) é apresentadora de TV, cantora e empresária brasileira. É umas das apresentadoras de televisão mais longevas e bem sucedidas do Brasil. Possui vários produtos licenciados com o seu nome, entre eles, os jogos da Xuxa Online, sapatos, maquiagens, brinquedos etc.
Particularmente, penso que o Drag Race no Brasil não teria representante melhor. Para o programa, o nome da loira traz uma forte pegada publicitária, podendo captar maior número de anunciantes, além de ampliar o público do reality e não segmentando apenas a comunidade LGBTQIA+. Quanto a Xuxa? Ela sempre surpreende, não é mesmo? se reinventa, tenta, amadurece e segue, um grande case de marketing.